Após a conversa que Maia teve com seus pais, Angelina e Marc estavam pensativos ainda sentados naquela mesa. Marc se moveu sentando a frente de Angelina, ainda sem conseguir dizer nada. Seu marido pegou em sua mão e iniciou um diálogo.
—Nossa filha estava mesmo falando sério? —Marc perguntou e Angelina, arregalou os olhos e levantou os ombros— Eu sinto que é uma coisa ótima mas fico com muita responsabilidade, diante de um compromisso sério desse.
—Ela escolheu isso mas e nós? Como vamos dar conta de encontrar alguém para ela?
—Será que existe algum site de relacionament...
—Marc, você está zombando de minha cara né? Você tem a oportunidade de escolher o homem da vida pra nossa filha e quer encontra-lo em um site de relacionamento? —Angelina puxou sua mão e o encarou.
— Desculpa vida mas eu não funciono assim, eu não faço ideia do que podemos fazer! —Ele deu de ombros e Angelina olhou para fora.
—Se nossa filha quer alguém, isso pode demorar... existe bilhões de homens nesse mundo!
— Calma ai, não vamos também sair viajando para procurar um né? —Marc chamou a atenção de Angelina e ela o olhou, pensativa— Amor, nós temos um casamento, o casamento da nossa filha e acho que viajar não dá! Não agora!
—Calma amor, nós temos que pensar em tudo sem esses questionamentos.
—Tá
—Ela não nos deu tempo exato mas precisamos aqui resolver, aceitamos ou não? —Angelina o questionou e por um segundo, eles sentiram uma enorme alegria em seus corações.
—Isso vai ser uma grande aventura vida!
—Vai ser nossa historia para contarmos aos netos amor —Os dois se inclinaram na mesa dando um selinho demorado.
— Ela irá voltar logo pra casa, devemos dar a resposta hoje? —Marc se sentou e Angelina ficou na sua frente.
—Vamos sim mas terá uma única condição, algo que certamente ela irá detestar...
—Começou, oh mulher que gosta de complicar as coisas!
—Olha o respeito Marc, eu só quero que nossa escolha seja feita por nós!
—Mas não será? —Confuso, Marc puxou Angelina para seu colo.
—Ela acha que irá ser apresentada para o tal homem que iremos escolher mas não vai ser assim!
—Você quer chegar aonde Angel?
—Quero chegar no altar, vê-la entrar com um lindo vestido de noiva e está surpresa com tudo, inclusive com seu marido que irá vê-lo pela primeira vez. —Marc abriu sua boca e Angelina soltou uma risada, logo ele começou a rir também e depositar alguns beijos em sua bochecha.
—Isso é um grande desafio, é um medo maior amor, me fala que sabe como vamos encontrar alguém que isso já está sendo demais para mim!
—Hoje é só a resposta, depois vemos certo o que vamos fazer.
—Ela vai surtar! —Marc disse e ambos riram— Mas como ela quis assim, acho justo.
—É como eu disse, é um historia para nossos netos amor.
Marc beijou Angelina e com pensamentos ativos, ela não deixou de perceber seu nervosismo, ela sabia que ele estava com um pé na frente e outro lá atrás.
—Amor, você está pensando no que ? Está nervoso, está estranho agora! —Marc molhou os lábios e abaixou o olhar.
—Sabe o que eu fiquei pensando? —ele á respondeu, a olhando com olhos marejados.
— O que ?
— Eu tenho a felicidade nas mãos, lembra quando nós conhecemos? Seu pai não queria dar a benção para nosso casório e eu fiz milhões de coisas para nos casarmos... —Angelina passou seus dedos no rosto de Marc que sorriu, deixando cair uma lágrima— Isso levou 5 anos, os melhores cinco anos que tive na vida, lutei todo dia e hoje, temos 30 anos que nós conhecemos e 24 de casados, a idade de nossa pequena grande moça. —Ele suspirou, limpando a lágrima que iria cair— Eu fico com um medo de não conseguir encontrar alguém que lute por nossa filha...
— Ele fazer essa loucura, já é uma luta meu amor. —Ambos riram.
— Eu sei, é difícil hoje alguém aceitar algo assim, já se passaram decadas e as coisas estão mudadas.
—Amor, não vamos esquecer que o mundo é cheio de diferenças, existe muitos homens que sonham com aventuras desse tipo, só precisamos encontrar alguns deles! —Marc riu
—Agora lhe pergunto, como vida?
— Nós só temos que dar uma resposta pra ela, depois vamos atrás disso.
— Tudo bem.
— Amor, vai dar tudo certo, vamos com calma ok?! —Marc assentiu e a selou, sorrindo juntos em seguida.
— Eu amo você! —Marc disse e Angelina o correspondeu— Amo mais, vida.
Marc e Angelina teve uma historia juntos que da mesma forma que a filha deles iram lhe proporcinar, iram contar aos netos. Então, imagina o tanto de historias que os netos iram ouvir durante a vida deles?
Maia estava voltando do mercado, havia comprado os tão amados, cookies. Ela estava voltando para casa perdida nas gotas de chocolate á mais que tinha no cookie, esquecendo da sua conversa com seus pais, totalmente.
Ao entrar na casa ela foi direto para a cozinha guardar os biscoitos que sobraram, foi até a geladeira pegando a garrafa de aguá e subiu para seu quarto. Abriu a garrafa dando alguns goles e sentando na cama, encostando na cabeceira. Pegou seu celular, deixando a garrafa ao lado. Ao desbloquear o celular, sua mãe bateu na porta e entrou.
—Filha, vamos tomar café da tarde?! —Maia estranhou mas se levantou seguindo sua mãe até a mesa da cozinha.
—É muito bom ter você com a gente estes dias filha —Marc disse, olhando para Maia que se sentava.
—Vocês manteram meu quarto do jeitinho que deixei, é incrivel saber que mudei bastante assim...
—Você mudou bastante mas não mudou suas loucuras  né?!
—Que loucuras Pai? Eu sou a filha mais calma que existe!
—Lógico, uma filha calma mas nunca parou em casa depois dos treze anos! —Marc disse sorrindo
—Você permitia, sabia que eu tinha que aproveitar.
—Depois dessa idade, eu tive que te controlar!
—Eu aproveitei bem minha adolescencia, não fiz nada demais!
—Você trouxe muitos caras pra essa casa, boa epoca quando tinha minhas filosofias de dispensa-los para você! —Angelina riu junto á Marc
—Eu não compreendia você sabia? Mas hoje, eu dou todo apoio para fazer isso com o proximo cara que lhe apresentar, ou seja, está liberado para dispensa-lo —Marc e Angelina se olharam e Maia começou a fazer seu sanduiche.
—Aliás filha, você sabe que o próximo que entrar aqui será o homem né?! —Angelina disse e Maia, desentendida, torceu o lábio, pensando.
—Por quê ? —Maia arregalou os olhos e parou de fazer o sanuiche— Vocês já tem a resposta?
—Conversamos e chegamos a uma conclusão —Angelina pegou na mão de Marc em cima da mesa e se entreolharam— Você quer falar, amor? —Marc negou-se e Angelina suspirou— Ok, primeiro eu quero saber como você acha que seria isso tudo?
—Eu imagino que iram buscar pela internet, também alguns vizinhos e depois conversar, escolher, eu vou conhecer e vamos nos casar depois.
—Você pensa que vai ser facil filha? —Angelina a questionou e ela penseou, respondendo em seguida.
—Não, claro que não. Mas eu penso que já devem ter gostado de alguém que eu não tive uma oportunidade e que não escolhi.
—Muitos garotos que você conheceu, eram melhores do que os que trouxe para conhecermos e então, não perde essa hipotesé de selecionarmos. —Os três riram e Angelina continou— Agora vamos falar sério, nós aceitamos! —Maia sorriu muito alegre e levantou para abraça-los.
—Ai, estou feliz por isso, como eu amo vocês! —Ela apertou eles e logo depois voltou á se sentar, Angelina chamou sua atenção.
—Mas temos uma condição.
—Qual condição?
—Você só irá conhece-lo no altar.
— O quê? —Maia arqueou a sobrancelha e paralisou— É o homem da minha vida, se vocês não...
—Nós aceitamos, sua loucura está junta á nossa, vai ser assim filha! —Angelina disse.
—Eu preciso pensar, isso não era parte do plano, sabe? —Ela deu uma mordida em seu lanche, pensativa.
—Tudo bem, iremos dar este tempo para você assim como deu pra nós. —Angelina se levantou pegando uma xicará no armario e voltou á se sentar—
—Mas e o casamento?
—Seu tempo seria esse, enquanto preparava tudo, estariamos á procura do seu noivo!
—Então teria que ficar na minha casa até vocês escolherem meu noivo?
—Não, você poderá vir para cá mas só avisando, não queremos de jeito nenhum que saiba de seus pretedentes.
—Vocês vão fazer isso como? Olha, não vão procurar em um site de relacionamento né?!
—Filha, está fazendo muitas perguntas, eu e sua mãe já temos tudo certo, você pediu isso a gente! —Marc se pronunciou, Angelina concordou com ele.
—Eu sei Pai mas isso parece loucura, né?! —Maia perguntou, desesperada diante da conversa.
—Você está tendo a mesma reação que nós mais cedo —Marc riu.
—Filha, você que pediu isso a gente, loucura é nós termos aceitado isso! —Angelina bebeu um gole de seu café logo depois de assopra-lo.
—Eu sei mas não imaginei que iriam chegar com a resposta falando que só irei conhece-lo no altar...
—Bom, agora é com você filha, nós já pensamos, pensamos e aceitamos. —Marc disse, se apoiando na mesa.
—Tudo bem, eu aceito isso. Se for pra casar com alguém que vocês iram escolher, é melhor ser somente no altar mesmo.
—Confie em nós filha, até parece que vamos escolher alguém que você não goste! —Angelina disse, se levantando da cadeira.
—É bem capaz mas não iria me importar, isso vai ser uma experiência nova e como nas historias, quem sabe eu não me apaixono por ele no final?!
—Você anda lendo muito...
—Também acho mas é só nas ultimas folgas tenho lido.
—Falando em folga, como está no trabalho?! —Angelina voltou a sentar, olhando para Maia.
—Muito bom, você sempre me disse para procurar um emprego que eu goste e lá estou, publicitária é o meu ramo, é o que eu descobri que amo. —Maia disse com um sorriso grande nos lábios.
—E no trabalho assim, não tem ninguém interessante?! —Marc se levantou e se olharam.
—Eu vou indo, não quero ouvir isso.
—Por quê Pai?
—Você acha que é legal saber que sua filha além de morar sozinha, pode levar caras de sapo pra casa dela? Ou nem isso,  eles devem tentar ir para lá!
—Pai, você viaja a cada dia mais —Maia rindo, disse.
—É preocupação filha, é uma coisa que você irá entender quando tiver seus filhos! —Marc disse saindo do comôdo.
—Vamos voltar tá bem? Vai, me conte!
—Ter, tem vários, area da publicidade tem muitos homens de criatividade, de estilo e que sabem como chegar em alguém, sem invadir. Eu comecei a sair com um, chamado Bruno mas no final, nós ficamos muito amigos e acabou não rolando nada a mais. Na empresa tem muitas festas, eu vou em todas que posso, conheco muitos mas não chega a ser aquele homem que caio aos pés, entende?
—Então você não gosta de ninguém lá?
—Não, eu tenho amizade com a maioria e acabei optando por não pensar nisso, enquanto trabalhar lá.
—Mas não pensa em não ficar com eles na festa né?
—Ah mãe, eu ainda sou a Maia adolescente, também tenho meus momentos e eles chegam em mim, recusar jamais né?
—Você está solteira, não tem por quê recusar!
—Sim mãe mas eu não quero ficar nessa sabe? Por isso eu pensei muito bem comigo mesma e quis isso.
—Você confia em nós mesmo né filha? Isso não é uma brincadeira ou loucura momentâna!
—Sim, confio em vocês. Por isso eu quis que participassem disso, eu quero casar, quero amar e ser amada. Quero uma familia e algo á mais, tenho meus motivos para querer isso e aceitar a condição que fizeram. —Maia riu de lado, revirando os olhos, fazendo Angelina rir de seu gesto— Mas tudo está valendo, eu fiz uma loucura e vocês, loucos, aceitaram
—Como se não conhecesse os pais que tem!
—Eu não imaginava que iriam falar isso! Eu pensei que iriam me casar com alguém que eu pudesse escolher antes mas foram bem longinho.
—Nós vamos deixar vocês se comunicarem...
—Vão? Como?
—Você saberá querida!
—Eu não acredito que irei fazer isso, sabe como eu me sinto agora? perdida.
—Mas você que quer assim amor!
—Sim mas é uma loucura pensar que você vai conhecer uma pessoa só no altar, pensa comigo mãe. Pensa!
—Filha, se acalma. Nós aceitamos mas não vai ser amanhã o casorio né?! Aliás, você tem uma missão mais importante que deve se preocupar mais. O casamento. —Angelina diz e suspira—
—Mãe, você vai estar comigo para me ajudar no vestido né?
—Claro, eu vou estar contigo em todo o momento.
Maia se levantou e abraçou sua mãe, as duas suspiraram juntas e uma deu um beijo na bochecha da outra.
—Mãe.
—Fale filha.
—Obrigada por aceitar minha loucura.
—Que isso querida, nós te amamos e cá entre nós, eu e seu pai não somos tão tradicionais.
—Amo você.
—Também amo, amor!
Maia continou á conversar com sua mãe sobre tudo, assuntos surgiam a cada palavra chave que envolvia outro assunto. Assim foi até a janta, onde eles decidiram comer fora antes de Maia voltar para sua casa. Eles foram em uma pizzaria onde aos domingos, era lotado por grandes promoções, familias e vários sabores novos. Eles falaram sobre toda essa loucura, vamos apelidar, organizaram quando podiam se ver e ainda tinha em aberto quando seria o casamento. Maia decidiu que seria por conta dela o dia pois seus amigos precisavam saber do que tinha decidido e aproveitaria a ajuda deles para isso.
Quando Maia está com seus pais algo não pode faltar e o assunto que eles sempre falam é de sua infância, adolescencia e nessa fase, nessa loucura que está, o momento seria perfeito para falarem mais dos sentimentos e os reais desejos diante da situação. Angelina e Marc deixaram claro que iriam pagar metade do casamento e por impedimento de Maia, não pagariam tudo pois ela quer pagar a outra metade por ter juntado para realizar este sonho.
Mas o que Maia não sabia  era que seus pais sabiam de tudo, tinham seus projetos e fariam tudo no sigilo para que ela não desconfiasse ou barrasse eles, algo que ajudaria ela e seria uma menor preocupação no meio de tantas coisas para resolver.
Maia se despediu de seus pais, entrou em seu carro e ás 10 horas da noite, voltou para sua casa á poucos minutos da de seus pais. Chegando lá, já podia sentir o cansaço tomar conta de seu corpo ao pensar que no dia seguinte, teria que estar em pé mais cedo para resolver alguns documentos da empresa que ficou responsável. Maia tirou sua sandalia e foi direto para seu quarto, tomar um banho, adiantar alguns pedidos e dormir para estar disposta no dia seguinte.
Maia tinha uma grande decisão para ser tomada por mais que o pior havia passado — a decisão de seus pais— era preciso saber exatamente como organizar um casamento, sem um noivo ao lado para lhe ajudar e realizar juntos era complicado saber como fazer as coisas mas isso não seria facil e ela tinha que primeiro decidir o dia de seu casório.
~''~
Outro dia havia chegado e como todo começo de semana, para Maia, esse seria diferente. Maia assim que ouviu o despertador levantou se espreguissando, logo depois indo fazer sua higiene matinal rapidamente, se vestindo em seguida. Pegou sua bolsa já pronta e desceu entrando em seu carro, ela iria pegar o café pronto na padaria ao lado da empresa e assim fez, embrulhado para viagem, seu sanduiche tinha um cheiro maravilhoso junto ao café que dispertava mais a fome dentro de seu corpo.
Maia passou a porta giratoria, cumprimentando os seguranças e a secretaria do terrêo. Logo que acionou o elevador, ele chegou e ela subiu até o andar que trabalhava. Ao chegar, as portas de vidro estavam fechadas e tudo estava apagado, ela tirou da bolsa as chaves que estavam acessivéis e abriu, indo direto para o interruptor. Ao ligar a luz, o andar inteiro se iluminou, mostrando todas as mesas e locais impecavéis, algo muito raro de acontecer quando ela abre o local de trabalho. Ela encostou a porta ainda com o café da manhã nas mãos e foi até sua sala, ao lado da sala de seu chef. Assim que entrou, colocou todas suas coisas no lugar e sua bolsa no armario. Foi até a cozinha para pegar guardanapos e voltou, encostando sua porta.
Quase todas ás segundas é Maia que abre o andar de trabalho, ela fica resposável por isso sempre que tem que terminar de resolver algo no trabalho, como os papeis que teria que organizar, claro que por entrar mais cedo, também sairia mais cedo o que ela gostava muito.
O relogio marcava exatamente 6h30 horas e ela teria 30 minutos para tomar seu café e uma hora para terminar tudo, antes que todos chegassem para trabalhar e o principal, seu chef lhe cobrar os documentos.
~''~
—Eu preciso contar uma coisa para você —Maia disse, entrando no elevador junto com Bia, sua melhor amiga.
—O que? Me fala logo amiga, é grave?
—Não, é algo bom e preciso de sua ajuda! —Bia junto a Maia saem do elevador saindo do prédio.
Maia preferia contar no restaurante e foi o que ela fe, assim que chegou no local sem aguentar, logo contou.
—Eu vou me casar!
—O quê? Como? Com quem? O bruno? Ah, o Henrique? —Maia começou a rir e Bia continuou—Não acredito que o Bernardo te pediu em casamento! —Bernardo era o chef da empresa, algo para se contar depois.
—Não, na verdade eu não sei!
—Como assim não sabe?
—Lembra quando eu disse que precisava pensar um tempo sobre relacionamento? Eu decidi que meus pais escolheriam com quem eu iria casar e eles aceitaram!
—Que loucura amiga, você pensou nisso tão forte assim?
—Você me conhece muito e sabe que á dois anos eu não tenho algo sério, depois de saber que não iria casar na idade que planejei, isso me deixou mal, ainda mais pelo filho da puta do Mike. —O garçom logo chegou, com uma cardeneta nas mãos.
—O que iram querer hoje ?
—Eu quero o almoço do dia. —Maia disse e Bia pensou, olhando o cardapío.
—Eu quero o mesmo que a Maia por gentileza.
—Algo para beber? —Enquanto anotava, perguntou.
—Eu quero um suco natural de maracuja com aguá e sem gelo!
—Quero uma coca com gelo e limão.
—Já trago o pedido de vocês!
—Obrigada, Victor. —Maia disse e ele sorriu, piscando para ela que corou.
—Para, ele gosta de você não faça isso! —Bia disse e Maia a questionou com os olhos.
—Eu sei disso, nós conhecemos desde que vim morar sozinha e antes que pense, ele é amigo e não ficamos! —Pisquei para bia e soltei um sorriso— Mas continuando o que estavamos conversando, você precisa me ajudar com o dia do casório.
—Claro que ajudo, você precisa calcular com os preparativos...
—Eu não faço ideia como organizar um casamento sem um marido! —As duas riram—Sério, isso é recente mas eu fico com emoção de passar, sabe?
—Eu não sei como é amiga mas eu to com você pra te ajudar, minha prima casou á dois meses e ela pediu minha ajuda, então tenho contatos bons para você! —Bia disse e Maia respirou aliviada.
—Acha que em quatro meses, dá pra tudo se organizar?
—Dá sim! —Bia cruzou os dedos pegando o pacotinho de açucar e balançando—Mas vem cá, por quê você diz que não conhece seu noivo? Sendo que seus pais vão escolher e te apresentar depois?
—Eu também pensei nisso amiga mas não é isso, eles tiraram outra loucura e eu só irei vê-lo no altar. —Bia abriu a boca em um o e arqueeou as sobrancelhas— Eu sei, é algo bem mais sério.
—Amiga isso é mais loucura ainda, é papel, é um casamento realmente! Como você criou essa historia toda?
—De tanto ler, acho que isso serviu de inspiração para levar na real.
—Eu tenho uma amiga que me dá historias, historias pra vida toda! —As duas riram e um garçom se aproximou da mesa com os pedidos, logo atrás Victor veio com as bebidas.
—Obrigada! —Bia e Maia agradeceram, com muita fome logo deram duas garfadas na comida.
—Amiga, temos que começar com o local da festa e da cêrimonia. Isso tem que está marcado para depois organizar o resto! —Maia assentiu levando á boca, outra garfada de seu almoço—
—Espero que dê tudo certo, me sinto numa emoção muito grande. —Maia disse limpando a boca e bebendo em seguida seu suco— Eu preciso contar para...
—Bruno, Carlo e claro, Bernardo. —Bia me interrompeu, certamente para me estressar.
—Ai, você é chata, você sabe que não era exatamente os três que iria falar. Aliás,  não é para falar para ninguém ainda, ok? Estou de responder aos meus pais ainda!
—Até parece que eu iria espalhar para a empresa toda, não, o prédio inteiro que você vai casar! Tá me chamando de fofoqueira?
—Não mas você ás vezes deixa escapar algo, uma coisa sua que me irrita muito e você sabe! —Maia disse levando a boca uma porção da comida.
—Eu sei e você sabe que eu não tenho culpa, aliás desta vez eu vou esquecer isso, você conta pra quem quiser e irei fingir que não existe Maia casando com um desconhecido. —Maia riu de seu jeito de falar.
—Boa garota, agora vamos falar de você, o que me conta desde segunda retrasada?
—A empresa não deu festas e tivemos nossa pior epoca, sabe o que é todos entrarem cedo? E então, o Bernardo ficou doido e colocou todos para entrarem cedo e sairem tarde com os job's que apareceu! Menina, você precisa dar pra ele.
—Me respeita Bia, eu só fiquei com ele e não fomos para cama! —Maia disse brava e justificou-se depois.
—Por quê não quis, disperdiçou uma oportunidade!
—Doida, eu não sou dada como pensa, aliás você me conhece e sabe que relações sexuais não são algo tão facil pra mim.
—Sim mas você tem que fazer isso com ele, antes de se casar com quem seja lá quem for!
—Acho muito pouco provavél, estou bem só beijando bocas! —Bia riu e Maia, continou— Vamos parar com esse assunto? eu não quero falar sobre isso!
—Sim mas antes, uma coisa, ele não sabe fazer nada naquela empresa sem você por perto! —Bia piscou e eu  revirei os olhos—Outra, sabe que essa semana é feriado né? —Maia assentiu— Vamos organizar tudo neste dia!
—Fechou, eu quero logo ás coisas marcadas e sua ajuda vai ser uma mão na roda!
Maia e Bia terminaram o almoço e voltaram á trabalhar, como era de se esperar seu chef —Bernardo— á chamou, eles conversaram sobre todos os papeis e tudo que tinha acontecido na semana em que Maia esteve de folga, sim, ela folgou uma semana por ter ficado uma semana de suas férias no trabalho. Na verdade, suas férias foram o trabalho e ela quis essa semana para ficar com seus pais. Bernardo tentou escapar dos assuntos e tentar beijar Maia, que logo se retirou da sala, deixando ele, mais atiçado por seus lábios.
Maia queria distancia de romances no trabalho e com sua loucura sendo organizada, só poderia dispensar essa distância em festas.
—Vamos se acalmar Maia, ele pode ser irresistível mas você tem que saber que onde quer que o homem da sua vida esteja, você tem um compromisso, seja fiel! —Maia disse pensando alto de olhos fechados, logo abriu os olhos voltando á sua mesa—